terça-feira, 29 de março de 2011

Last Dinosaurs

Às vezes, sem querer, acabamos encontrando bandas realmente boas e completamente desconhecidas por ai, não é? Pois é, um dia desses, uma dessas bandas me chamou a atenção pela mensagem do clipe e pelo som bem único, subjetivo e até natural que eles fazem.
Eles são australianos, mas três itegrantes tem descendência japonesa, e inclusive já tocaram por lá a pedido de bandas japonesas que conheceram a música deles pelo My Space e quiseram vê-los tocar pessoalmente.

Curti muito o estilo, embora, num primeiro momento, ele pareça bem diferente aos nossos ouvidos acostumados a ouvirem todo tipo de dejeto norte-americano que jogam aqui "em baixo" nos países da América do Sul.

Sem mais delongas...
Com vocês: Last Dinosaurs


Gostaria de deixar ainda mais algumas linhas nesta postagem:
Achei realmente muito tocante a forma como eles chamaram atenção para a forma como estamos vivendo em contraposição as formas da natureza. No decorrer do vídeo eles retiram fios e cabos de transmissão do chão, além de outros componentes de aparelhos eletrônicos; nos galhos estão encrustrados parafusos, e outros aparelhos inteiros são retirados do riacho. 
Ao mesmo tempo, um dos integrantes da banda constrói pequenas torres com pedras, formando um cenário quase místico que, a meu ver, desperta uma preocupação e apreenção em relação ao destino de uma natureza tão bela, mas ao mesmo tempo tão tomada e modificada pelo homem. 
A "selva de pedra" que o ser humano orgulhosamente chama de progresso, de crescimento econômico, de avanço tecnológico, e que recebe tantas outras interpretações cheias de meias verdades, não passam de uma grande prisão de concreto, que sufoca aqueles que vivem em seu meio. O quão belo podem ser os pequenos e passageiros monumentos de pedra festejando e agradecendo à natureza pela vida...
... depois deles, me pareceram grotescos os grandes edifícios sem vida, ou pior, aprisionadores de vidas.


Hoje me parece mais claro do que nunca,  que se nossa geração não começar a arrancar os fios que nos mantem ideologicamente presos a uma Sociedade que só faz extrair e explorar, continuaremos sendo o combustível dela, e também suas marionetes. Não quero dizer com isso que eu seja contra a inovação tecnológica, afinal, a ciência, com seus intermináveis estudos, já salvou muitas vidas e transformou para melhor outras tantas, como por exemplo no desenvolvimento de medicamentos, vacinas, de meios mais eficazes e rápidos de comunição e locomoção, etc. O que não podemos é deixar-nos cegar pelas aparentes maravilhas tecnológicas que nunca mostram abertamente as consequencias que podem acarretar. Num mundo onde nada dura muito tempo,  não deveríamos gastar mais tempo pensando em como estamos lidando com isso? De que forma podemos evitar que a nossa casa seja tão invadida por fios e aparelhos eletrônicos que no próximo ano serão obsoletos e se tornarão lixo? Como podemos nos considerar seres livres, se nos mantemos tão dependentes da indústria? 

São tantos os questionamentos da nossa Sociedade atual... não seria tempo de começarmos, nós, jovens do século XXI, a debatermos como podemos mudar e desenvolver novas tecnologias de forma sustentável, sem a despreocupada arrogância daqueles que, no passado, não se preocuparam em como deixariam o mundo para nós?



Até a próxima!

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