quarta-feira, 1 de junho de 2011

Coletânea - Histórias entre aulas

IUPII! 1º de Junho!
Que tal começar o mês com uma sequência de histórias??
Todos: Sim! Hai! Yes! Sí! Of Course! Etc…
Só explicando: As histórias foram escritas nos intervalos, ou no meio de algumas das minhas aulas, porque foi quando a criatividade deu suas graças em minha mente. Por isso, são pequenas situações. PEQUENAS! Ah, e não possuem continuação. São apenas momentos felizes.
Sem mais delongas e embromações....

        Sorri, apenas para espantar a vontade de querer chorar. Naquele momento talvez só pudesse fazer isto.
        Mesmo com todas as explicações possíveis, toda a dor causada em meu coração era inevitável. Entretanto, independente do que ocorrera, era apenas naquelas mãos que as minhas se encaixavam perfeitamente.
        Sabia que não conseguiria passar o resto da minha vida sem ele, contudo poderia aguentar aquela situação? Algo me dizia que não, talvez fossem meus nervos que estavam começando a entrar em colapso.
        - Por que não? – perguntou-me desesperadamente. – Por que mentes que não me ama?
        As lágrimas que escorriam de seus frágeis olhos eram puras e tristes, e se juntavam as minhas num ritmo apressado.
        - Por quê? Por que está me fazendo sofrer? Você sabe que eu te amo. – implorou.
        A mudez tomou conta de minhas ações. Queria muito tê-lo ao meu lado, mas isso não era certo. A minha felicidade era menos importante naquele momento do que a dele. Na realidade, me restava pouco tempo de vida e sabia que não suportaria criar uma ferida que talvez nunca viesse a se curar em seu coração.
        - Eu tenho pouco tempo. – sussurrei. – Não posso machuca-lo. Eu não quero ferir seu coração.
        Ele apenas chegou mais perto e me abraçou lenta e apaixonadamente, tratando de limpar aquelas gélidas lágrimas que insistiam em cair de meu rosto. Estar daquela forma com ele fazia meu coração querer definitivamente nunca parar de bater, mas isso era algo que estava fora de minhas mãos. Afastando meu cabelo do rosto, olhou fixamente em meus olhos.
        - Não percebe que eu te amo? Não percebe que me machuca muito mais fazendo isso? Quero passar todo o tempo que puder ao seu lado...
        - Você não entende. Meu tempo é curto, não posso estar ao seu lado. – sussurrei em resposta, dilacerando um pouco mais meu próprio coração.
        - Mas ainda assim eu quero ter memórias  com você, quero ter motivos e mais motivos para todos os dias recordar do nosso amor. O que os médicos são? Deuses? Como eles podem determinar assim a vida de alguém?
        - Mas...
        - Eu não quero saber das suas desculpas desconexas. Se meu coração não tiver pelo menos por este momento viverei na infelicidade. Nem temo a pensar no que será minha vida sem você, porque o que mais quero é viver ao seu lado o seu tempo restante.
        Meu verdadeiro e único amor estava a me embalar, sem se importar nem um pouco sobre os nossos futuros problemas. Por mais que quisesse contraria-lo, sabia que ele estava certo, aquele amor era imensurável demais para ser ignorado.
        Naquele fim de tarde, quando a chuva se misturou as nossas lágrimas, eu decidi viver o resto de minha curta vida ao lado de meu grande amor. Mesmo que o tempo me levasse lentamente, mesmo que no final eu me arrependesse, mesmo que não conseguisse segurar em minhas mãos o que vagarosamente escorria por entre meus dedos, pelo menos cumpriria um último desejo dele. Porque, afinal, ficaria para sempre naquele pequeno grande coração.
花兎 (27-05-2011)
Aceito comentários, uma escritora só se fortalece com eles!!
Vamos ao próximo?
        

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